domingo, 11 de setembro de 2011

Diário de uma moça do interior baiano, nordestina com orgulho de SER.

11 de setembro de 2011

Hoje chorei. Hoje tenho um nó na garganta. Tentarei desfazê-lo simultaneamente às linhas deste escrito. Já que somente o choro não o dissipou, a válvula de escape se abre, mais uma vez, pelas vias da escrita.

Hoje acordei e ao preparar meu café da manhã lembrei: hoje é domingo, 11 de setembro, o dia em que todos os norte-americanos lembram-se com pesar. Durante a semana inteira acompanhei pela internet e televisão os eventos, a preocupação de um novo ataque, as homenagens prestadas e programadas para serem realizadas em função do desastroso dia em que os Estados Unidos sofreram um ataque terrorista, “o maior de todos os tempos”, segundo os jornalistas da televisão.

Concordo. O fato ocorrido, há dez anos atrás, foi uma tragédia e como toda tragédia, trouxe danos irreparáveis, dores inconsoláveis, perdas insubstituíveis e, principalmente, fez perder bens incomensuráveis como os valores do AMOR e da PAZ. Inocentes foram sacrificados pelos erros de poucos. Poucos políticos, presidentes, chefes de gabinete, terroristas, ditadores, cruéis seres humanos que desconhecem o significado da nomenclatura que os define: SER HUMANO.

Mas, o objetivo desta dissolução do nó na garganta está no pensamento que ligou-se a este do massacre terrorista antes do meu café da manhã: “A destruição de Hiroshima pelo país que hoje chora e sente na pele o que é PERDER”. E a dimensão desta palavra reside, primordialmente, na FALTA das pessoas, do patrimônio destruído em minutos, na sensação de “e agora o que fazer?”.

A minha revolta estende-se quando a mídia interesseira somente volta o olhar para os EUA fazendo o povo crer que a dor deles é única, nunca foi sentida em outras ocasiões, por outros povos, ou que até não é sentida por outros tantos. A dor está presente em todos os cantos do mundo, no dia de hoje os norte-americanos choram pelos entes da sua família mortos no dia 11 de setembro, assim como, os muçulmanos choram pelos falecidos (também inocentes) na guerra no Iraque e os japoneses pelas 200 mil pessoas, aproximadamente, dizimadas pelas bombas atômicas de 1945 da Segunda Guerra Mundial. E eu choro por todos eles, vítimas porque não compreendem o que se passa e causadores, porque são incapazes de perceber o círculo de carnificina do qual são autores. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Os EUA foram autores há 66 anos e 56 anos depois, vítimas. Isso em relação a Hiroshima. Já os árabes foram autores em 2001 e anos depois, vítimas. E hoje, quantos são vitimados???

Não é preciso ser jornalista, pesquisador ou ilustre historiador para perceber os desastres que os homens têm causado à humanidade (contraditório isso não?! O homem destrói sua própria vida todos os dias!), é só termos o senso de crítica, insurreição e observação aflorados pelas verdades que estão nas vias da leitura, das conversas, dos debates políticos, dos vídeos que aparecem na internet (isso porque na televisão podem motivar revoltas) e não nos deixarmos submeter às (in)verdades nos dada de graça. É hora de ver que “quando a esmola é grande o santo desconfia”.

Se me perguntas a respeito do nó na garganta respondo: “Ainda está aqui!”. Ele não vai se desfazer nunca, pelo menos não, enquanto, durar as guerras por um poder inexistente aos homens. Homem nenhum conseguirá ter nas mãos a humanidade por completo. Todas as riquezas, pensamentos, ações, religiões, enfim, bens do homem nunca serão convergidos em um só Estado.


Neste link http://www.youtube.com/watch?v=RDC-TRxSfq8 você pode acompanhar e chorar comigo pelas vítimas de Hiroshima (aproximadamente: 200 mil, sem contar os sobreviventes que sofrem até hoje com os males causados pela radiação). E, neste http://www.youtube.com/watch?v=Bip2TShufPY chorar pelas vítimas do 11 de setembro (mais ou menos 3 mil e além destas os doentes pela poeira tóxica). Não podemos esquecer das vítimas da Guerra do Iraque: http://noticias.terra.com.br/especial/euaxiraque/interna/0,,OI107607-EI1306,00.html. E neste link um vídeo com a canção "O Senhor da Guerra": http://www.youtube.com/watch?v=inksJnOfdhI&feature=fvsr.




E prepare-se já estão, há anos, de olho na nossa riqueza: A Floresta Amazônica!

Até o próximo desabafo que, provavelmente, não tardará.

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